Nota: Debido a la excepcional situación del COVID, la plataforma Stop Uranio en Salamanca representará al Movimiento Ibérico Antinuclear en Guarda, Portugal.
Mañana sábado se celebra en Guarda (Portugal) la cumbre hispano-lusa a la que acudirán los jefes de los gobiernos de España y Portugal para tratar temas comunes a los dos países. Allí nos trasladaremos activistas españoles y portugueses integrados en el Movimiento Ibérico Antinuclear para recordarles los problemas relacionados con el ciclo de combustible nuclear que nos afecta a las personas que habitamos cerca de la frontera, principalmente la central nuclear de Almaraz (Cáceres) y el proyecto de mina y planta de uranio de Retortillo.
Las instalaciones que pretende construir Berkeley a 30 kilómetros de la frontera portuguesa constituye una seria amenaza para el territorio portugués, y así lo entendieron los parlamentarios portugueses que unánimemente aprobaron el 16 mazo de 2018 una declaración en la que se pedía al Gobierno portugués que hiciera las diligencias necesarias para impedir la exploración de uranio en Salamanca y se realizase un estudio de impacto ambiental transfronterizo de este proyecto.
La Agencia Portuguesa de Ambiente ya determinó que el proyecto de Berkeley tiene efectos significativos en Portugal por el régimen de vientos de E-NE y por la probabilidad de contaminación del río Yeltes, que vierte sus aguas en el Douro internacional del que dependen dos millones de personas en el país vecino.
Las autoridades españolas han prescindido de tener en cuenta la opinión de nuestros vecinos sobre los proyectos de uranio en Salamanca, por lo que exigen el cumplimiento del Protocolo de actuación firmado en 2008 entre el Reino de España y la República Portuguesa para la aplicación de las evaluaciones ambientales de planes, programas y proyectos con efectos transfronterizos, insistiendo en que se abra un plazo de información pública en Portugal para que se puedan presentar alegaciones por “el público interesado y todas las entidades a quienes el proyecto pueda interesar”.
Seguimos esperando que el Ministerio para la Transición Ecológica y Reto Demográfico se pronuncie sobre la renovación de la autorización previa y otorgue la autorización de construcción de la planta de tratamiento de uranio de Retortillo, último escollo que tiene la empresa Berkeley para explotar uranio en Salamanca, pero no vamos a permanecer impasibles ante un proyecto tan nefasto para los dos países ibéricos.
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ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
Resolução da Assembleia da República n.o 143/2018
Recomenda ao Governo que desenvolva as diligências necessárias para impedir a exploração de urânio em Salamanca e realizar um estudo de impacte ambiental transfronteiriço.
A Assembleia da República resolve, nos termos do n.o 5 do artigo 166.o da Constituição, recomendar ao Governo que:
1 — Adote uma posição firme e determinada para o integral cumprimento do Protocolo de Atuação entre o Governo da República Portuguesa e o Governo do Reino de Espanha a aplicar às avaliações ambientais de planos, programas e projetos com efeitos transfronteiriços, exigindo o respeito pelas normas internacionais, nomeadamente, a avaliação do projeto de licenciamento de uma exploração mineira de urânio em Retortillo-Santidad, por parte da empresa Berkeley Minera España, e o debate público, mantendo o Governo Português envolvido e informado.
2 — Tome as medidas necessárias e adequadas para proteger, no território nacional, os valores naturais e ambientais potencialmente afetados pela atividade de exploração mineira, promovendo a alteração do referido Protocolo, caso o mesmo não proteja corretamente os interesses de Portugal.
3 — Exija, junto do Governo de Espanha, a realização de um estudo de impacte ambiental transfronteiriço relativamente às minas de urânio de Salamanca, recorrendo, para esse feito, a todos os mecanismos bilaterais e europeus, em cumprimento da Diretiva Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) e da Convenção sobre Avaliação dos Impactes Ambientais num Contexto Transfronteiras (Convenção de Espoo).
4 — Reforce as iniciativas internacionais, nomeadamente junto da Comissão Europeia e da Organização das Nações Unidas, para assegurar o cumprimento dos acordos internacionais nesta matéria.
5 — Utilize todos os mecanismos legais, institucionais e políticos para travar qualquer decisão final relativa à implantação de uma fábrica de urânio processado e mineração em Salamanca, até serem produzidos os estudos e as recomendações considerados necessários pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), nomeadamente, o estudo de impacte ambiental transfronteiriço.
6 — Instale, com a maior brevidade possível, uma estação de controlo radiológico no Douro.
Aprovada em 16 de março de 2018.
O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.